Todos estão comentando o excelente momento pelo qual passa a economia brasileira. Está nas revistas, nos jornais, na TV, na internet, nos bate-papos, etc. Dias atrás, vi esse tema sendo debatido, pasmem, num programa esportivo apresentado pelo Galvão Bueno (“Bem amigos”, no Sport TV).
Falava-se do atual cenário da economia brasileira e da conseqüência disto para o futebol, em especial o repatriamento de grandes estrelas do futebol, que retornaram ao Brasil após os clubes brasileiros terem vencido as negociações em pé de igualdade com os grandes clubes estrangeiros, a exemplo de Robinho e Elano (Santos), Fred e Deco (Fluminense), Ronaldo e Roberto Carlos (Corinthians), Adriano e Ronaldo Gaúcho (Flamengo), dentre outros.
Diz-se que tais jogadores voltaram ao Brasil para ganhar salários não menores do que eles poderiam ganhar nos grandes clubes europeus, por exemplo.
Isto é simplesmente magnífico, do ponto de vista “futebolístico, admito. Nunca imaginei que este sonho viesse um dia a se tornar uma realidade, tal qual estamos vendo agora. O futebol brasileiro ganha muito com isto, e também todo o mercado que gira em torno dele: torcedores, mídia, patrocinadores, produtos licenciados, e por aí vai.
Mas será que isto é mesmo tão bom quanto parece?
Penso que isto revela um lado negro do nosso país, com o qual ainda conviveremos por muitos anos: a discrepante e maléfica má distribuição da renda nacional e a concentração da riqueza nas mãos de poucos, pouquíssimos.
É estranho aceitar que alguém possa ter rendimentos financeiros tão altos, acima de 06 (seis) dígitos ao mês, enquanto o salário mínimo custa menos de R$ 600,00.
Melhor do que repatriar jogadores de futebol seria ver esse “boom” da economia contribuir verdadeiramente para uma melhor distribuição da riqueza nacional.
L. Gustavo Carvalho
Concordo plenamente, Gustavo.
ResponderExcluirAliás, estava debatendo sobre isso ontem com alguns amigos.
Num país repleto de miseráveis como o Brasil, rendas tão altas como as de alguma carreiras, de que cito como exemplo as dos jogadores de futebol, são uma violência moral.
Acho que a sociedade precisa repensar a forma como valoriza os cidadãos que contribuem para o engradecimento da nossa nação.
Pergunto: por que um professor universitário ganha centenas de vezes menos que a Ana Maria Braga e o Ronaldinho? Eu sou ingênuo ou não estou conseguindo ver algo?
Abraços.
Marcos Oliveira.